Catalina Gomez, Rio de Janeiro Community Manager
Rio de Janeiro tem boa cobertura de serviços de água, com só 1,5 por cento dos domicílios cariocas (32,908) sem serviço adequado. A cidade também tem avançado na ampliação da cobertura da rede de esgoto na passada década. Segundo Rio Como Vamos, no ano 2000, cerca de 21 por cento dos domicílios do Rio (387,367) não tenham conexão de esgoto. Em 2010, o indicador de famílias sem esgoto desceu para 5 por cento (109,258 domicílios).
Dando uma olhada no mapa de cobertura destes serviços, é interessante conferir que as áreas centrais são aquelas com melhor cobertura, pois historicamente o centro da cidade tem apresentado melhor cobertura de redes de água e esgoto, e entre mais afastado da centralidade é mais difícil conseguir boas conexões. Na Zona Sul do Rio este fenômeno é evidente. Por exemplo, os bairros Lagoa e Barra de Tijuca, conhecidas áreas nobres da cidade, extensas e localizadas a distancia do Centro, são caracterizadas por não ter boa cobertura. Caso contrario acontece com bairros de baixa renda, tais como Maré e o Complexo do Alemão, localizados na Zona Norte e pertos do centro que apresentam boas conexões de água.
As melhorias no acesso aos serviços de água e esgoto nos bairros carentes da cidade podem ser atribuídas aos programas públicos de melhoria de bairros, como Favela Bairro, que tem quase 20 anos, e sua extensão mais recente Morar Carioca. Estes programas têm como principal objetivo melhorar as condições de vida dos moradores dos bairros mais pobres da cidade e na realidade tem expandido bastante os serviços urbanos básicos. Alguns deles como Cidade de Deus têm sido beneficiados com importantes investimentos e atualmente apresentam boa cobertura de água e esgoto. Outros bairros como Rocinha, também tem recebido amplio investimento mais ainda reporta ter baixa cobertura de agua e esgoto principalmente pela sua topografia e sua alta densidade populacional que dificultam beneficiar a todos seus moradores.
A falta de um bom serviço de esgoto em lugares como Rocinha, não só tem prejudicado a seus moradores, mais também a todos os usuários das praias da zona, tais como São Conrado, uma praia maravilhosa que recebe o esgoto sem tratamento da Rocinha. É preciso ação imediata para evitar complicações de saúde dos usuários e maior polução da praia e do oceano.
Neste tema, o maior desafio da cidade é continuar a expansão dos programas de urbanização de bairros de baixa renda para melhorar a cobertura das redes de água e esgoto na cidade principalmente nas áreas mais carentes das Zonas Sul e Oeste. Muitas destas zonas são áreas de expansão da cidade que atualmente recebem grandes projetos relacionados aos próximos eventos esportivos. Maior investimento de serviços urbanos básicos nas áreas afetadas ajudará para que no futuro a cidade consiga a universalização de agua e esgoto.
Catalina Gomez, Rio de Janeiro Community Manager
Rio de Janeiro has fairly good water service coverage, with only 1,5 percent of the city’s 32,908 households lacking proper service. The city has also made important improvements regarding sewer coverage in the past decade. According to Rio Como Vamos, in 2000 21 percent of the city’s households didn’t have sewer services, while ten years later, only five percent did not.
When looking at the map of covered areas, it is interesting to note that the best water and sewerage coverage isn’t necessarily found in the better-off areas, but in the neighborhoods closest to the city center. The center benefits from the best service provision, and the further away a neighborhood is from the center, the worse its service provision is. This is particularly evident in Rio’s southern area. Lagoa and Barra de Tijuca for example, are two upscale neighborhoods in the south of Rio far from the city center. These areas have worse water services than low-income neighborhoods such like Mare and Complexo do Alemão, which are located in Rio’s northern area, close to the city center.
The fact that many low-income neighborhoods have good access to water and sewerage services can be attributed to public urban upgrading programs such as Favela Bairro, which has been existed for close to 20 years, and the recently launched Morar Carioca. These programs aim at improving the living conditions of the city’s poorest and have been quite effective in expanding basic urban services, including water and sewerage systems. Investments in some neighborhoods, like the well-known City of God (Cidade de Deus), have successfully resulted in good service coverage. However, investments in some other neighborhoods, like Rocinha, have been less successful in providing water and sewerage coverage, because of the area’s hilly topography and high population density.
The lack of sewerage service in places like Rocinha affects not only the residents of this neighborhood, but also the visitors of nearby beaches, which receive part of the off running sewage. Beautiful beaches like São Conrado are therefore extremely affected by the lack of adequate sewage treatment and disposal, needing immediate action to avoid greater ocean contamination.
The city’s main challenge is therefore to expand its water and sewerage services through urban upgrading programs in low-income neighborhoods, mostly in Rio’s southern and western areas. Some of these zones are also the city’s main expansion areas, where several constructions related to the upcoming mega events are taking place. Greater investment in basic urban services is necessary to achieve universal access to water and sewerage service in upcoming years.